Após os cumprimentos o Sr. Antônio Gilmar Furlan disse que vem respeitosamente se dirigir aos Vereadores, como membro do PMDB, coordenador da Comissão da Igreja e como pessoa física. É uma grata satisfação contar com a presença de todos e ver este Plenário lotado. Isso demonstra que o povo de Venda Nova está preocupado com o desenvolvimento de Venda Nova. Enquanto isso estiver ocorrendo, enquanto as pessoas se reunirem  e demonstrarem esse interesse tenho certeza que Venda Nova será sempre um destaque no cenário nacional. Em função disso venho me dirigir aos Senhores com relação ao que o Sr. Dalton Perim falava a respeito da construção ao lado da Igreja Matriz. Quarta-feira próxima passada nós nos reunimos para resolver algumas coisas e no final da reunião o Padre Braz me interpelou sobre a construção desse evento. Fiquei um pouco perplexo haja visto que já estava marcado para ser construído aqui ao lado. Os presentes discutiram o assunto e viram que não podíamos fazer nada já que é uma área pertencente ao DNER. Não temos acesso nem autonomia de demanda sobre essa área. No decorrer da semana fomos interpelados por membros da Comunidade, pessoas realmente indignadas com a construção dessa obra. Essa obra não tem apoio da Comunidade. É uma coisa que está vindo de confronto com a Comunidade. Nosso questionamento perante a este Colegiado e ao público presente é, como é que construímos uma obra desse porte e definitiva sem consultar as bases, sem ouvir o que é melhor para Igreja, para o Agroturismo e para própria Comunidade. A meu ver é uma obra que está nascendo enforcada, estrangulada e sem a menor perspectiva. Primeiro ela não tem espaço para crescimento. Tenho andado por aí e vejo como o turismo cresce. Hoje você faz uma obra e ela atende a demanda mais daqui a dez quinze anos será que ela atenderá a demanda. Acho que deveríamos pensar melhor nisso. Talvez em refazer essa obra em um outro local, sugeriria como o Sr. Dalton já falou aqui de se fazer mais próximo da BR. Vejam bem os Senhores, se nós estivéssemos passando em Venda Nova como visitantes e víssemos uma loja do Agroturismo lá fora da BR, teríamos de  retornar, teríamos que enfrentar trevo e nós não temos conhecimento disso apesar de ser uma cidade pequena. Esse local seria um local de difícil acesso. Acho que deveria ser em um local de mais fácil acesso e de uma melhor visibilidade. Quem sabe no futuro nós deveríamos ter em anexo um restaurante ou uma lanchonete para que pudéssemos atender melhor os turistas. Você pensar nisso hoje é muito, mais e daqui a dez quinze anos. Devemos fazer a coisa não pensando só no momento. Temos que pensar numa coisa que atenda os anseios da Comunidade. Gostaria ainda de frisar o seguinte: Todos sabem que nossa Igreja promove muitos eventos. Temos hoje o salão da Igreja que  acata com satisfação tudo que a Comunidade  deseja a nível de encontro. Achamos interessante que no decorrer, se essa obra for concretizada no local que está hoje, vai ser mais um problema fatídico para Venda Nova. Temos muitos eventos ali. Já pensaram se chegar três ou quatro ônibus ali. Aquilo irá virar um verdadeiro pandemônio. Gostaria de concluir minha fala, falando em meu nome, em nome da Comissão da Igreja, em nome dos membros da sociedade de Venda Nova que me interpelaram hoje e se propuseram até se for o caso fazer um manifesto a nível social no sentido de impedir que essa obra seja feita naquele local. Temos que fazer uma coisa de consenso e que venha de encontro com os anseios da sociedade. Gostaríamos de pedir aos Senhores como membros desta Casa que sugerissem junto ao Prefeito, junto as autoridades e junto também ao pessoal do diretório do Agroturismo que essa obra seja feita num local mais adequado para todos e para que consigamos levar Venda Nova com união, afinco e mostrarmos que nos reunimos  para  decidirmos corretamente. Muito Obrigado

Data de Publicação: terça-feira, 11 de agosto de 1998