Pronaf

Após os cumprimentos o Sr. Marco Túlio fez o seguinte pronunciamento: “O assunto principal que venho falar é o Pronaf. Eu já deixei para cada Vereador folhetos de instrução das linhas de crédito. O Pronaf é uma linha do Governo Federal que pode ser usada para custeio ou investimento. Dentro do investimento, nós estamos tendo recursos no Pronaf Agregar, que é uma linha de crédito destinada ao agroturismo. São até quinze mil reais por produtor. A taxa de juros é TJLP, mais quatro porcento ao ano. Isso dá quatorze porcento hoje. Pelo pagamento em dia existe um prêmio por pontualidade e essa taxa se reduz à metade. Há um rebate de cinqüenta porcento. Pode ser até com oito anos de prazo e três de carência. Isso pode ser usado para quem quer agregar uma renda diferente a propriedade. Eu estive lá no Lorenção do Socol e ele está fazendo uma casinha para secar o socol. É mais ou menos para isso que a linha serviria. Ou para comprar um alambique para fazer cachaça ou fazer vinho. Para tudo isso pode ser utilizado. Eu estive numa reunião do agroturismo e o pessoal já está sabendo dessa linha. Aqui no Município a procura tem sido pouca. É um recurso barato, com um prazo longo e compatível com a atividade do produtor. No Pronaf Custeio, quando eu assumi a agência nós só tínhamos cinqüenta e uma operações. Hoje nós estamos com trezentas e cinqüenta e três operações. Temos o desafio de até no final do ano fazer pelo menos mais trezentas e cinqüenta operações de Pronaf. O Pronaf Custeio é uma linha de crédito que vai de quinhentos e até cinco mil reais. O juro é fixo de quatro porcento ao ano. Isso está sendo aprovado pelo conselho monetário. Antes era de seis e está sendo reduzido para quatro sem correção. Então, cinco mil daqui a um ano, se paga quatro porcento. São duzentos reais de juros para cinco mil reais. Esse recurso pode ser utilizado para qualquer tipo de cultura. Desde café, a tomate. O que o produtor tiver. Nós estamos precisando da ajuda dos Vereadores para disciminar essa linha de crédito. Precisamos ter propostas na agência para poder pedir o recurso. Quando o recurso chega no Estado, se não tivermos propostas, não temos como pedir uma parcela para Venda Nova. O que estamos fazendo ? Estamos acolhendo as propostas e estamos mandando para Emater. Ela faz a qualificação e chegando a verba vamos liberar tudo de uma vez só. Esse custeio é para tudo. É rotativo. Ele não é destinado a plantio. O plantio de café não tem sido incentivado no Estado porque a perspectiva de preço não é boa. Por isso o Governo não tem incentivado a expansão da cultura cafeeira. Ele serve para custeio. Serve para colheita. A vantagem que as linhas de crédito que o Banco trabalha é que elas são renováveis automaticamente. Daqui a um ano o produtor vem e liquida. Faz o pagamento do valor mais quatro porcento. Depois com dois ou três dias o dinheiro está  a disposição dele novamente sem precisar se fazer novo contrato.  Vamos ter o trabalho de fazer só o primeiro contrato. Depois ele é renovado automaticamente para ele. Isso é uma forma de eliminar burocracia no crédito rural. O Pronaf  envolve todas atividades da fazenda. Se você tem uma cultura pequena e tem outras aqui e ali, a Emater soma tudo isso para formar o valor. Então, você pode usar rotativamente. Não é obrigado a fazer igual ao normal que vocês fazem o pagamento noventa dias após a colheita. Para o produtor que tem uma renda maior e necessita de mais recursos a gente trabalha no Proger que é outra linha do Governo Federal. São nove porcento fixos ao ano. Vai até quinze mil reais, também com renovação automática. Além dessas linhas tem o Pronafinho que é de até mil e quinhentos reais. Esse é até difícil de enquadrar. O Pronafinho tem um rebate. Você leva mil e quinhentos reais e paga mil e trezentos. É o único empréstimo que você paga menos do que pega. É um linha que nós liberamos. Nós estamos com um trabalho com o Sindicato. É ele tem pego as propostas e os dociês. No começo tivemos alguns problemas porque faltava experiência. As propostas de agora já estão vindo bem formalizadas com os documentos certinhos. Queremos trabalhar em parceria. Vou deixar também um caderno que tem todas as linhas do banco e suas explicações. Se algum Vereador tiver alguma dúvida será só consultar esse caderno. Tiramos alguns dados do Banco Central. Hoje a agência de Venda Nova concentra oitenta e seis porcento o crédito rural aqui da região. Então, juntando todos os bancos, o Sicoob, o Banestes, o Bradesco e o Banco do Brasil que operam crédito rural, nós atendemos oitenta e seis porcento das operações. Isso deve se ampliar para mais de noventa porcento, após esse trabalho com o Pronaf. Inauguramos o Banco Postal de Brejetuba que é  uma parceria como correio. No futuro, toda a agência do correio vai funcionar como um posto do Banco do Brasil. Isso para quem não tem acesso a conta corrente. A pessoa vai poder abrir uma poupança e pagar suas contas no correio. O correio irá utilizar a estrutura do banco para fazer esses pagamentos. Gostaria de falar sobre a CPR. A CPR é o seguinte: O produtor sempre soube produzir, mas na hora de vender é que tem problema. O produtor de café aqui... porque a maioria tem essa experiência. Na hora que eles vão vender o preço está menor. A CPR é o seguinte. O produtor produz um café de qualidade. Nisso o centro de classificação tem até auxiliado a gente no sentido de melhorar a qualidade do café e a classificação pois não tínhamos essa ferramenta na cidade antes. O que ocorre ? Ele produz um café de qualidade. Nós avalizamos para ele num mercado de futuro para ele vender esse café. Ele vai acompanhando a cotação pela bolsa. Na hora que ele acha que o preço está bom para vender ele vende com o compromisso de entregar na safra. Então ele garante o preço dele. A partir desse momento ele recebe o dinheiro e deve café, o que é o que o produtor sempre quis. Essa região de Afonso Cláudio, Ibatiba e Venda Nova  foi a região que mais fez esse tipo de operação no Estado. Nós tivemos café vendido a duzentos e sessenta e um reais e cinqüenta centavos e hoje está sendo entregue a cento e sessenta reais. O que o produtor fez ? Quem comprou lá propôs a recompra. Então, ele vendeu a duzentos e sessenta um. Recebeu e recomprou a cento e sessenta. Ganhou cem reais por saca sem fazer nada. O café dele está na tulha e ganhou cem reais por saca. É uma oportunidade do produtor andar do outro lado, do lado que está o comerciante e quem especula o mercado, porque são quem realmente lucram. O produtor trabalha o ano todo e tinha essa dificuldade. Estamos com esse instrumento e trabalhamos aqui. Estamos querendo ampliar para CPR e exportação. Tem o pessoal da Itália que veio aqui e está querendo comprar um café de qualidade. Então a gente tem condição de ligar esses produtores com os compradores do exterior sem nenhum intermediário nesse meio. Então todo o lucro que o exportador na verdade recebe lá; passaria a ser do produtor. Então alguns produtores aqui tem condição de fazer isso. É claro que numa escala maior porque para o pequeno vai precisar de uma associação para juntar o lote e padronizar qualidade. Mas tem muitos produtores maiores que já tem condições de exportar seu café diretamente sem depender de nenhum comprador. Então, só para ter uma idéia, quem já teve oportunidade de assistir uma palestra do Evair do Centro de Classificação, as vezes um café de muito boa qualidade, vendido por cento e sessenta cento e oitenta reais. A forma de comercializar lá é diferente. Eles comercializam o grão porque o pessoal gosta de torrar como se fosse um especiaria, tipo pimenta. Então, uma saca que sai daqui, as vezes lá fora vai até três mil dólares. As vezes a gente pensa: Como é que pode ? O cara pagou duzentos e sessenta sacas de café e o hoje o café está a cento e sessenta ? Para quem trabalha com mercado lá de fora isso é irrelevante porque na verdade esse café saiu muito mais caro. Ele tem uma margem muito grande para suportar o prejuízo, o que o produto aqui não te. Cem reais de prejuízo numa saca aqui para o produtor é um desastre. Para eles tem como se cobrir isso na hora de revender no mercado lá fora. Estamos a disposição para qualquer dúvida. O que vim fazer é trazer recursos para Venda Nova. Esperamos  que com esse trabalho, daqui até dezembro nós apliquemos mais de um milhão e duzentos mil aqui na Comunidade. Mas dependemos desse trabalho do produtor procurar fazer seu cadastro. Aquele pessoal que não precisa orientamos da seguinte forma. Não sabemos quando vem o recurso, e quando vem, temos que aproveitar a oportunidade e liberar. Então se pega o financiamento faz uma aplicação. Qualquer aplicação que você fizer... Vamos dizer, a poupança que está rendendo menos te dá TR mais seis porcento. Você vai estar pagando quatro e já está ganhando dois a mais na correção. Se você precisar você vai ter aquele crédito lá. Então o fato da pessoa não estar precisando hoje, não quer dizer que não vai precisar no futuro. Então faça o financiamento e deixe aplicado, quando precisar você utiliza. Se não renovar vai ganhar dinheiro sem esforço. O que sugerimos é se formar um grupo de produtores. Se você tem pessoas numa região pequena, todo mundo avaliza para todo mundo. É mais fácil. O problema do Caxixe por exemplo. Você tem um produtor de café e o café uma mercadoria que pode ser penhorada porque ele tem uma durabilidade e pode ficar armazenada. Agora o produtor do Caxixe é de tomate. Quer dizer, não temos como pegar penhor dessa colheita, porque é cultura perecível. Então orientamos ao sindicato e através das liderança da comunidade de se formar grupos. É uma alternativa. A medida que o produtor for fazendo, pagando, fazendo, pagando tendo um histórico de pontualidade a gente pode até dispensar esse aval. Não adianta tapar o sol com a peneira. A gente precisa do avalista para uma eventualidade porque o melhor cobrador é o avalista. Realmente por isso temos exigido o aval. Muito Obrigado.”

Data de Publicação: terça-feira, 08 de agosto de 2000

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