"Quero cumprimentar a Mesa, Senhor Presidente, demais membros, Procurador, funcionários da Casa, nobres Vereadores, público presente, amigas e colegas servidores, Vice-Prefeito, Secretários e ouvintes da FMZ. Gostaria de agradecer esta oportunidade. Quando pensamos em sindicato, temos que pensar em organização. Quando pensamos em organização, nos reportamos lá na formação do estado moderno, quando grandes pensadores tentavam justificar o porquê que a sociedade tem que se organizar. Venda Nova tem esta questão da organização muito forte. Vemos através das associações, das cooperativas e das fundações, que funcionam muito bem. O sindicato visa trazer esta organização. Quando se pensa em sindicato, pensa-se em uma entidade baderneira, que está aí para bater de frente com todos, mas na verdade a nossa intenção nunca foi essa, não é essa e nunca será. Na verdade, pretendemos o bem comum da coletividade e dos nossos munícipes. O sindicato organiza o funcionalismo, os servidores, para que eles possam de forma organizada e legal, pleitear o que é de direito. Desde a administração passada que o sindicato assumiu um compromisso com executivo de assumir qualquer demanda que viesse a chegar até a nossa organização, de só encaminhar para as vias jurídicas, uma vez exauridas as vias administrativas, porque penso que tem que ser pautado no diálogo. Quando temos esta abertura para o diálogo, as coisas se tornam muito mais fáceis. Então, pensando assim em caminhamos, no início do ano, em dezesseis de março, um ofício ao executivo que o mesmo ao legislativo. Nesta reivindicação, estávamos pleiteando a reposição salarial, que, já é de conhecimento desta Casa, as perdas salariais são uma realidade estamos lutando há algum tempo para que estas perdas cheguem à zero. Não é fácil e este ano temos um agravante que é a crise, que está aí para todos verem e seria irresponsável de nossa parte bater de frente e não entender esta questão. Foi bem-vinda reposição que foi concedida e agradecemos o apoio desta Casa. Além do pedido da reposição, encaminhamos também um pedido de revisão do plano de cargos e salários. Sabemos que o funcionalismo municipal, há muitos anos precisa desta reformulação neste plano de cargo e salário. Ele está bastante defasado e não atende mais a demanda. O plano de cargos e salários do magistério, apesar de ser recente, também tem umas particularidades que não atendem a demanda da classe. Além disso, pleiteamos um auxílio alimentação, porque sabemos que as perdas salariais não podem ser compensadas de uma só vez, a nossa sugestão é que fosse complementado com o auxílio alimentação, uma vez que não incide na folha de pagamento. Seria uma forma de atribuir ao funcionalismo uma vantagem, sem passar do limite que a lei exige. Além disso, encaminhamos ao executivo, um ofício sobre a criação da comissão para avaliar os funcionários que passaram no último concurso e estão em estágio probatório. Fizemos uma reunião com o Secretário de Administração, entramos em contato com outros municípios que já tem esta realidade, que já implantaram e que funciona, porque é uma situação complicada, pois para criar esta comissão de avaliação, temos que ser bastante responsáveis, por que não pode privilegiar aquele servidor que entra no órgão público, achando que vai se dar bem, que não vai fazer nada, mas também têm que reconhecer aquele que tem o mérito e que vai ser um excelente servidor. Então, levantamos já as questões que devem ser analisadas. Quem vai fazer parte dessa comissão, e estamos avaliando para chegar a um consenso e fazer as coisas de forma responsável. O sindicato se coloca à disposição desta Casa do executivo para qualquer esclarecimento. Temos que caminhar em parceria. Quero agradecer esta Casa pela oportunidade e me colocar à disposição para qualquer esclarecimento. Boa noite a todos e muito obrigada". Em seguida, o Senhor Presidente passou para EXPLICAÇÃO PESSOAL e concedeu a palavra ao VEREADOR JOSÉ MARQUES PACHECO, que fez o seguinte pronunciamento: "Boa noite Senhor Presidente, membros da Mesa, colegas Vereadores, público presente, não posso deixar de dar um boa noite a este povo que está nos ouvindo. Senhor Presidente, no dia dezesseis, tivemos uma reunião com o Prefeito e ele falou sobre a compra do terreno no Alto Caxixe. Disse a ele que a compra deste terreno é muito bem-vinda, mas pode ficar sabendo, falei com ele e repito aqui, se depender de uma assinatura minha para fazer qualquer coisa no Caxixe, sem colocar água para aquele povo, água, rede de esgoto e calçamento, não assinarei. A compra do terreno é bem-vinda, eu gosto, é muito bom e é uma área de terra muito boa, mas fico pensando que podem comprar um terreno de trezentos e cinquenta mil reais e o povo de São José de Viçosa está bebendo água de merda. Não vou falar água contaminada mais, eles estão bebendo água de merda e não podem fazer um poço para eles. E isto é uma coisa que não entendo. Se eu fosse prefeito, a primeira coisa que iria olhar, é o povo, porque o povo são as pessoas que votam, são as pessoas que nos colocam no lugar onde estamos, este povo humilde que tem na nossa região, na nossa comunidade. Este povo é o povão que fala, é o povo que merece carinho e têm poucos que têm carinho com este povo. Precisamos de carinho com essa gente do nosso município, porque são trabalhadores, gente honesta e precisamos disso. Como eu disse, o terreno no Alto Caxixe é bem-vindo, assinarei dez vezes, mas não assinarei mais nada para o Alto Caxixe que não seja água e rede de esgoto para aquele povo que está bebendo água contaminada. Não adianta darmos remédio às pessoas e continuar dando água contaminada. Lá no Iraque, o saneamento básico mata mais do que a AIDS, falo isso porque assisto muita televisão. Então, o que devemos dar de cuidado para as pessoas é isso aí, porque não adianta dar remédio e continuar dando água contaminada. O Vereador Isael fez esta indicação de compra deste terreno, como já disse, assino dez vezes, mas enquanto não colocar água para este povo, em São José de Viçosa e no Caxixe, não terá a minha assinatura para nada. Tenho certeza que trezentos e cinquenta mil reais dá para socorrer todos de São José de Viçosa, viu Doutor Orlando? Uma pessoa que tenho muito respeito é meu amigo e não posso deixar de falar isso, porque o povo que nos põe aqui é aquele povo pobre, o vereador, o prefeito, o presidente da república, é o povo pobre que colocam eles lá. Temos hoje seis famílias de gente rica e temos cinco mil pessoas no Caxixe e Braço do Sul, ou seja, temos seis famílias ricas e o resto é tudo pobre, miseráveis, que pagam seus impostos, até o mendigo paga seus impostos, ele toma uma cachaça e paga os seus impostos, ele compra um cigarro e está pagando seus impostos. Então, temos que olhar para essas pessoas. Essas pessoas são pessoas que luto por eles, porque eles nos colocaram aqui e somos obrigados a lutar por eles. É isso, Senhor Presidente. Uma boa noite à este povo que está nos ouvindo. Foram boas as palavras da presidenta do sindicato. Este tíquete de alimentação, e estou esperando por ele desde janeiro. Isso foi uma promessa do Prefeito, que é meu amigo e gosto muito dele, mas foi uma promessa dele e estou esperando. Já disse a ele que se ver eu subir na Tribuna para falar mal dele, estarei sendo desonesto, mas cobrar eu cobrarei muito, porque ganho para isso. O povo me colocou aqui para fazer isso, para cobrar, para legislar, para investigar o Prefeito, e isso é coisa de Vereador, mas não farei isso. Agora, cobrar do Prefeito pode ficar sabendo que cobrarei mesmo e não precisa ficar com raiva, porque já falei com ele que se tiver que cobrar dele, eu vou cobrar, mas se eu falar mal dele, ele pode falar comigo que sou desonesto, mas isso não falo não, agora cobrar dele, vou mesmo. Este tíquete de alimentação estou esperando desde janeiro, porque as pessoas me cobram muito e o lugar de cobrar é aqui. Boa noite a todos, meus colegas Vereadores, povo do Plenário e vamos lutar que vai dar certo. Boa noite e muito obrigado". Em seguida, o Senhor Presidente, concedeu a palavra ao VEREADOR ANTONIO FERNANDO ALTOÉ, que fez o seguinte pronunciamento: "Senhor Presidente, demais colegas Vereadores, público presente, presidenta do sindicato, gostaria apenas de fazer um pequeno questionamento a vossa senhoria. Atualmente você tem cargo comissionado, gratificado, mas continua sendo a presidenta. Isso te dá liberdade de continuar ou isso te impede de continuar como Presidenta? Isso cria algum incômodo? Você tem como nos dizer como fica a esta situação?" Em seguida, a Presidenta do Sindservenova, Senhora MARILENE GIORI, em resposta ao Vereador Antonio Fernando Altoé, fez o seguinte pronunciamento: "Te respondo com o maior prazer. Esta foi a primeira questão que me preocupei quando foi convidada pelo, então Secretário de Administração, Walber, para dar um apoio na licitação. O cargo de líder sindical é um cargo voluntário, na verdade somos eleitos, mas é um cargo que não tem valor econômico. Na verdade, trabalhamos para visar o bem comum. Quando estamos trabalhando na administração em um cargo comissionado, o ideal é que nos afastássemos. Como este é meu último ano na presidência, em reunião com a diretoria, julgamos melhor continuar, até porque vai acontecer uma reunião agora para deliberar sobre a nova diretoria. Então, não vi empecilhos nesse sentido, até porque o fato de estar ali dentro, até me aproxima mais das decisões que são tomadas e facilita as reuniões que precisamos fazer e que tem acontecido frequentemente. A nossa assessora jurídica tem participado nesta questão de elaborar esta comissão para avaliação do funcionalismo que está em período probatório. Então, acho que depende da questão de como é visto. Para mim facilita pelo fato de estar ali e o diálogo foi maior, ou seja, você ter liberdade para conversar ao mesmo tempo com prefeito e com os funcionários, para se chegar a um consenso, o que é na verdade a nossa intenção em qualquer administração". Em seguida, o VEREADOR ANTONIO FERNANDO ALTOÉ continuou o seu pronunciamento: "Sabemos que o nosso município é pequeno, a quantidade de funcionários da Prefeitura é pequena e menor ainda é a quantidade de filiados ao sindicato. Sabemos também que isso não traz grandes transtornos. Observamos as obras do PAC, o próprio Estado do Espírito Santo está com um bilhão de reais para investimentos, são reservas que a meu ver era para estar na sociedade, aplicada em ações e não fazer reserva para campanhas eleitoreiras, porque não deixa de ser, pode falar quem quiser, mas é campanha eleitoreira. Tem o momento certo de abrir a torneira e hora certa de fechar e a comunidade fica aguardando, nesta expectativa de vir pingando essas obras, ainda aquelas obras mal-feitas, porque são de última hora, mal licitadas, empresas ruins participam e o povo é sempre levado ao prejuízo. Com referência ao salário, todos nós temos consciência e conhecimento de que na campanha política, é natural que se faça o seu plano de governo e foi feito uma promessa de campanha de quarenta por cento de tíquete de alimentação em cima do salário mínimo, o que dá quase duzentos reais. Sugiro que não deixe para a final do governo, porque se não puder dar quarenta por cento, que dê dez ou vinte, mas que dê de imediato, porque lá no final não vai ficar bem, não pela promessa não cumprida, mas pelo desgaste do serviço público. Bom é que você tenha um por cento no bolso do que quarenta por cento na promessa. Você como presidenta do sindicato, sei da sua competência, da sua seriedade, articule o máximo para que possa vir este aumento e que não seja só o proposto, que seja um ou dois por cento, mas que seja real e o mais rápido possível. É só isso". Em seguida, a Senhora MARILENE GIORI, fez o seguinte pronunciamento: "Concordo com a sua fala e estamos articulando, porque no final de uma administração e início de outra, gerou-se uma expectativa muito grande para o grupo e infelizmente estamos em um momento de crise, mas a nossa discussão ainda é em cima do tíquete refeição ou vale alimentação, o nome não importa, mas justamente porque ele não incide na folha de pagamento. Então, acho que é viável e estamos estudando, junto com a Administração, para ver qual é a melhor forma e estudando a viabilidade desta porcentagem, até porque para não ter uma atitude irresponsável de nossa parte e da administração, para que cheguemos a um consenso, que é a expectativa de todo o grupo. Agradeço pela sua fala".
Data de Publicação: terça-feira, 23 de junho de 2009
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